"...depostas as roupas seculares, deem-lhe três túnicas e um manto. (...) Nenhuma receba o véu durante o tempo da provação" (RgSCl - Cap. II).
O uso da túnica (Hábito) é uma maneira exterior de declarar a separação definitiva do mundo, também a pobreza e a conversão total a Deus (vida de penitência). Clara se serve deste sinal exterior para manifestar seu amor a Jesus pobre, limitando a quantidade e preferindo uma forma simples em tecido barato, isto é, uma renúncia à vaidade e à ostentação.
A vivência da fraternidade entre as Irmãs, na sua originalidade, não admite distinção quanto ao tecido, a cor das vestes ou do véu, seja a candidata de origem nobre ou não, no 'serviço do Senhor' todas são iguais. O uso da 'cordinha' (cíngulo) na cintura também é um sinal externo de uma vida de penitência (busca comprometida com a vontade de Deus).
Já no seu Testamento Santa Clara evidencia o quanto lhe é cara a inspiração recebida de viver o desapego das coisas terrenas: "No Senhor Jesus Cristo, aconselho e admoesto a todas as minhas Irmãs, presentes e futuras, que sempre se empenhem em seguir o caminho da santa simplicidade, da humildade, da póbreza e também uma vida honesta e santa, como aprendemos de Cristo e de nosso bem-aventurado pai Francisco desde o início de nossa conversão" (TestCl).
Deixa essa opção, que é parte do seu carisma, bem evidente em sua Forma de Vida (Regra), pois em tudo (do modo de vestir ao de se portar) a pobreza deve ser manifesta como sinal de seguimento do Cristo pobre: "E, por amor do santíssimo e diletíssimo Menino deitado no presépio envolto em panos pobrezinhos e de sua santíssima Mãe, admoesto, peço e exorto minhas Irmãs a se vestirem sempre de roupas vis" (RgSCl - Cap. II).
Atualizada em 18/10/2024.
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